Se eu sei de mim?

Eu que ando tão desiludido
Nem sei dos meus pedidos
Muito menos do meu amor.

Não, eu não acredito
Não sei mais o que é o sorriso.
O cheiro daquela flor.

Ai, aquele vazio,
Sem cessar o frio;
Derramo lágrimas de solidão.

Ah, meu amigo!
O que será de mim?
Eu que vago perdido
Às vezes meio indeciso,
Tão faltoso de atenção...

O que seria se não fosse o que foi?
Aquele abraço aquecido,
Devaneios devidos de uma alma sem cor.

Eu choro sim,
Torno o copo sem prestígio
Mais um gole, um trago,
Garçom, agradecido, traga outra, por favor!

Desamor, nesse vazio perdido, numa desilusão desmedida;
Em cada gole uma saída de um desencontro casual...

Comentários

be disse…
O que seria se não fosse o que foi?

não podemos saber, opis só temos uma vida.. Lembra da insustentável leveza, do eterno retorno?

melancólico, mas belo! ;*
REAVF disse…
Não se refere a mim, a poesia...
REAVF disse…
Se eu me lembro, o eterno retorno se refere ao peso das coisas...

Não se trata disso, mas cada um tem sua interpretação..

bjo
REAVF disse…
"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"»

Friedrich Nietzsche.
REAVF disse…
O que seria se não fosse o que foi?

Poderia ser diferente do que seria se fosse mais uma vez?

Estaria presente o eterno retorno, talvez na segunda indagação...

Mais uma coisa é certa, não deixa de conter tristeza e dsilusão na poesia
REAVF disse…
"O mais pesado fardo nos faz dobrar sob ele, nos esmaga contra o chão. Quanto mais pesado é o fardo, mais próxima da terra está nossa vida e ela se torna mais real, mais verdadeira.
A ausência total do fardo nos faz mais leve do que o ar, nos distancia da terra. O ser humano se torna semi real e seus movimentos tão livres quanto insignificantes.
A grande pergunta que o leva a filosofar tão profundamente, é: o que escolher? O peso ou a leveza?"
be disse…
auhauahua
correu logo pra wiki, foi?

1º não disse que se referia à vc.. meu comentário foi sobre o todo.
2º qnd eu perguntei se vc lembrava do eterno retorno, é pq justamente no começo do livro ele compara com o que nunca se repete.

beijo
Pétrig disse…
seria tão mais bonito se fosse sobre vc.., kk.., mas, efim, linda poesia cara. vc arrebenta, com a boca do balão!
REAVF disse…
Corremos então...

mais facil wiki do q ir atrás dos livros...

e o exemplo n se torna inválido por está lá

eu n vi o eterno retorno no que escrevi. só queria dizer isso..

bjs

;]...
be disse…
explicações, explicações...

Enfim, vc arrebenta com a boca do balão [2]

Postagens mais visitadas