Aquelas cores transpareciam algo,
Matizada,
Divergia de claro a rubra;
Era agradável ao ouvido nu.
Balanceada por segmentos de intenção,
Percebia-se que não era somente aquilo,
Seguiam ainda estáticas
Os movimentos de ondas que vinham do som.
E os meus olhos refletiam os azuis que se queria ouvir
De alguma forma o compromisso cintilava:
Tipo uma ilusão clara
Que logo foi assassinada por uma nota maior.
E de tal variável acabei por me ferir
Escutando o crepúsculo da paixão,
Vendo aquela linha gradual
Cingir no céu um aroma de solidão.
Os meus olhos refletiam os azuis que não se queria ouvir.
Meus sentidos desviavam a trepidação:
Tateei o verde azul necessário
E mesmo contrariado prossegui o tom.
Mas do mar amar
Ouvi o canto das sereias, meio zonzo, sei que cheguei ao fim:
Seduzido, extasiado, induzido; senti, agradavelmente, minha vida decair.
domingo, 28 de setembro de 2008
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3 comentários:
Vendo aquela linha gradual
Cingir no céu um aroma de solidão.
Ah! o cheiro do solitário.
é tão facil sentir, ouvir, olhar, provar, tocar... difícil msm é descrever tudo isso.
sentidos...
A gente se ilude numa harmonia de cores e sensações...
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