segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Sei lá
assobio
Agradeço ali,
assobia
canto cada canto canta a vida
cada vida canta no assobio
passarinho
passaria
canta na janela todo dia
acalanto
acaricia
cada canto cada vida
cada encanto canta amor:
alegria.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Grita
só quem aparenta sabe a dor das aparências....
por isso rasga o que sente como bem quiser: grita, bate, morde, chora, escreve,
conjuga todos os verbos que te serve, mas tece com cuidado as tuas ações;
a loucura das tuas mãos e a força das tuas unhas marcam todo o meu corpo.
a angustia age como o ácido,
o álcool age sedativo
alivia ou amplia, plácido,
a ferida que corrói sem cansaço
o tal problema sem solução.
Como posso ser culpado por não ouvir o teu silêncio?
Só ouço ecos;
lamento.
Dor guardada não sabe falar.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Domingo
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
O paletó.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Imagem
distante sempre
sempre igual a alguém
distante de si
alguém igual a nada
solvido em tudo
perto e mudo
em todo lugar
alguém
como as estrelas
e a imaginação
um pouco além
longe e astuto
não igual a antes
um pouco ninguém
numa luz distante
que se aplica a tudo.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Fluxo de consciência
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Ressaca da alma.
como um cristal...
E espalham-se
por todo o recinto..
Fios de confiança...
Onde outrora
teci com fios de ouro
e embalei em promessas de amor eterno.
(Promessas dos homens e
promessas de Deus.)
O quão grave deve ser a queda
para estilhaçar tudo?
Resta-me algo abstrato...
Arrumar os fios e
embalar com fé.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
A História toda é
por isso ao comer poesia
numa tarde de som
sem a norma nem a métrica,
sem a fala do concreto...
Os sopros de sentimentos
na tela, não mais papel,
sem ao certo o que colher,
desenham uma arte difícil e social:
A vida em silêncio redigida,
numa fraude,
formulada em tons objetivos.
A história escondendo o sentimento
da abstração do corpo,
sem o vento da ilusão verdadeira.
O artifício do oficio de viver a história, de
ir além do que existe nas consequências,
é a forma que engana os olhos
nas letras dançantes das palavras preguiçosas.
No início, temos a poesia e falta a matéria;
no fim, a matéria sem poesia toma conta do ser.
Começamos a dar conselhos pelas experiências vividas.
Chegamos ao objetivo, uma fraude cheia de vida.
domingo, 4 de novembro de 2012
Além
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Reprodução
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Essa noite.
Sono, não venha!
Não chegue logo!
Não fuja de mim,
Nem me traga sonhos vis,
Tolos vãos,
que vão em vão de encontro a ti ...
et ad te current,
feito loucos,
correntes, que amarram
como num sim sagrado,
nossas mãos.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
A fila
Triste
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
O mundo dos sonhos
Os safados depressa fraquejam culpados
Levantam as armas contra aqueles que amam
Depressivos, arrependidos dos crimes de cama.
Dormem mais do que amam
Sonham mais do que realizam
Quase mortos na quase vida
Arquejam, fracos, em chamas.
Foi a febre que os pariu
nas entranhas de suas mentiras
nas façanhas de suas irás
nas traições de sua vida.
Aparentemente fraco
eles procuram o seu corpo
acusa-o de não ser
o que jaz nele mesmo.
Deliram e repreendem o mundo,
porque este não coube em seus sonhos
por que seu corpo não pôde vencer?
Cantam melodias da infância,
as que faziam eles crescerem
quando crer e serem era a esperança
da liberdade vencer.
O corpo era a liberdade que se modificava a cada dia:
as transformações das idades, as descobertas nas melodias.
Chegaram a pensar em modificar o mundo com a liberdade.
O mundo transformou-lhes em alguém preso aos seus ideias.
Assim:
Há o mundo
Há quem viva
há quem sonha
Há quem morra
sem sonhar viver
Há quem morra
sem sonhar morrer
Há quem viva
sem viver seu sonho;
Há quem morra feliz nos sonhos de alguém.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
A vida toda
domingo, 26 de agosto de 2012
Tenha fé
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Sinceramente, prefiro as palavras não ditas...
domingo, 5 de agosto de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Trovador errante.
sábado, 7 de julho de 2012
Sambabom
de um falso eu a exaltar.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Teu
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Feita de neve
acordado em si mesmo,
E me calando, fui sorrateiro
domingo, 17 de junho de 2012
Hoje
sábado, 2 de junho de 2012
Oração.
somos
em essência:
incerta de um dado
de comiserações
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Um dia quase.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Rotineira.
quietos e distantes de ti,
tudo parece silencioso,
uma hora parada no tempo,
como um encanto torpe de nada,
um passe de mágica,
e tudo pára,
e eu fico pensando em você ...
sexta-feira, 20 de abril de 2012
1ª Carta ao eu.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Argh!
Sem a cadência do samba não posso ficar
Já dizia Vinícius: “Mas pra fazer um samba com beleza/ É preciso um bocado de tristeza”. Então era isso que faltava... Um bocadinho de tristeza. A gente vai seguindo assim nessa pressa de tudo e quando pára sente e sente fundo essa pontada. Você sente? Pois é, mas só se sente quando se pára, quando se freia. Aí vem tudo... tudo que falta, e tava faltando faz tempo e você nem notou porque a correria dos coletivos, a buzina dos carros, a fumaça das ruas te adormecem os sentidos, te amortecem as pancadas surdas da vida.
Mas aí basta um segundo, aquele segundo em que você percebe que o mundo ao seu redor parou e você sente que tem alguma coisa que não está no lugar que deveria, você sente o seu próprio deslocamento e vê que mesmo você não está onde deveria. E fica tão pior quando seu porto também foi deslocado, quando o peito onde você encosta a cabeça pra fugir dessa sujeira do mundo não está ali.
Porque é preciso um porto, um peito, um descanso, um pouquinho de saúde. Mas como ter isso se só você percebe, se você sente? Se é só pra você que faz falta. Aí fica ainda maior o vazio, fica oco, fica o vácuo. E você lá parado enquanto ninguém parou, ninguém sentiu, ninguém notou.
E o que você faz? Fala? Não, melhor não vai, deixa isso quieto, a gente não vai brigar por besteira. Você chora? Ah não né?! Não faz drama, você deve estar louco, que bobagem, engole esse choro. E aí? Faz o quê com isso? Isso o quê? Mas do que você tá falando? Não tem nada! É tem razão, deve ser coisa da minha cabeça...
Eu digo o que você faz: é melhor tapar o buraco com outra coisa porque não vai adiantar, eles não vão perceber, não vão entender. Já te disse. É só você que sente, a falta é toda sua. O buraco é seu, cava mais fundo ou tapa... Tapa ou pelo menos tenta... Com o tempo passa, você acaba esquecendo que ele existe, a vida te entorpece de novo, a maldita rotina.
E haja samba pra tapar, são pás e mais pás de Vinícius, Tom, Chico, Toquinho, João, Noel... Porque o bom samba é uma forma de oração...
“Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não”
sábado, 31 de março de 2012
Pé dante não ser
ou
sexta-feira, 30 de março de 2012
Para...
...Ser feliz para mim,
tem que ser aos pouquinhos,
assim devagarzinho,
para não gastar rápido a raridade que é,
que escorre todos os dias de nós
nos caminhos incorretos dos nós,
ou ainda nos retos que seguimos cientes,
onde ela não há, só sua busca de estar....
Onde o ar, respira a alegria de ter esperança.
E não vemos tristeza,
nem lágrima, nem dor,
porque dela,
é a beleza de ser inquieta,
viva, vida.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Padre Antônio Tomás
Desenganos
Muitas vezes sonhei nos tempos idos
Acalentando sonhos de ventura,
Então a voz da lira suave e pura
Era-me um gozo d'alma e dos sentidos.
Hoje, vejo meus sonhos convertidos
Num acervo de dores e de amargura
E percorro da vida a estrada escura
Recalcando no peito os meus gemidos
E se tento cantar como remédio
Minhas mágoas ao sombrio tédio
Que lentamente as forças me quebranta
Os sons que ira que arranco agora
Mais parecem soluços de quem chora
Do que a doce toada de quem canta.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Cronologia
Hoje Chico, amanha Francisco e nenhum francês
Aqui Paulo, ali João, um pequeno em desunião
Onde Pedro é Damião, que acalma a grande rocha
e José não.
Um bom homem não o é.
Daniel o julgará?
Em ti, a gosto são dádivas.
Como de André, o viril.
Simão, Tadeu, Matias.
Filipe Tomé e Mateus,
Todos filhos de um vão
o vazio de tudo,
onde tudo há
como um inexistir eterno.
quarta-feira, 14 de março de 2012
De tudo, fragmentos
quarta-feira, 7 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Calma
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Saudadinha
Ninguém chora no ombro do carrasco.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
domingo, 22 de janeiro de 2012
O face é nosso!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Repouso
Das dunas fiz um porto.
Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e de descanço de um trabalhador da p...