Uma fraude,
por isso ao comer poesia
numa tarde de som
sem a norma nem a métrica,
sem a fala do concreto...
Os sopros de sentimentos
na tela, não mais papel,
sem ao certo o que colher,
desenham uma arte difícil e social:
A vida em silêncio redigida,
numa fraude,
formulada em tons objetivos.
A história escondendo o sentimento
da abstração do corpo,
sem o vento da ilusão verdadeira.
O artifício do oficio de viver a história, de
ir além do que existe nas consequências,
é a forma que engana os olhos
nas letras dançantes das palavras preguiçosas.
No início, temos a poesia e falta a matéria;
no fim, a matéria sem poesia toma conta do ser.
Começamos a dar conselhos pelas experiências vividas.
Chegamos ao objetivo, uma fraude cheia de vida.
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Um comentário:
não, meu caro, nunca uma fraude é a vida. Sim a poesia, a fraude maior.
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