segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A fila


Havia algo de sonho naquela fila fatídica.
Do dia a dia, do dia qualquer do supermercado, do caixa, do banco, 
toda fila é uma espera qualquer, qualquer fila uma surpresa, demorada, efêmera de se conhecer assim,
sem mais, de supetão, sem travessão – atravesso, não travesso não,
de família, de pressa, de comunhão assim, sei lá, sem saber dizer.
Assim comum, aqui acolá, lá, talvez, trazendo uma incógnita de outrora afinal,
por que sempre pondera o incerto, o que se sabe improvável,
que de alguma forma flerta com o almejo confuso.  

2 comentários:

Suzan Keila disse...

Isso parece tão real...

"por que sempre pondera o incerto, o que se sabe improvável, que de alguma forma flerta com o almejo confuso."

REAVF disse...

na fila

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...