Ironia do destino?

Entrega-te então à qualquer prazer que tu queira,
Vai sem culpa! Sem perdão!
Se nem tu sabes que eu sou pra ti,
como eu saberei quem ser a ponto de imperdir alguma coisa,
senão, calar. Já diz muito.
E a porta bate no nosso carnaval,
que já nem és uma festa assim tão irreal.
Já é sem fantasia, sem mascara, e não tão informal.
Se não bebes desse vinho tão distinto,
que gosto sentirá na cachaça de rua?
O gosto de todas as coisas que são pr'a magoar,
por mais que não se bêba o ultimo gole,
aos poucos também embriaga.
E da dor, que fica, fica também a verdade contida.
Pra que se expor assim, se entregar assim,
Medo de amor é? Medo do amar é? Nunca. Amo todos os dias,
infinitamente e sem porquê. Só sei dá dor que já cultivei,
e o quanto ela me faz mal. Se o que queres, eu quero tão igual.
Já sei a dor que causei, e o quanto ela me fez mal.
Vai que num mal comun, de nós dois, a gente encontra o bem,
ou pelo menos, o que é melhor pra nós.

Comentários

REAVF disse…
Andas silencioso com teus sentimentos, mas nunca falaste tanto.
Nunca foste tão profundo nos teus diálogos como és agora.
E teu corpo, onda vibratória de sensibilidade, a flor da pele, se comunica em cada lágrima.
Tu és ferida aberta higienizada com álcool, do fino ao barato.
Pétrig disse…
Tá dando uma de vidente? Ou medium? Mas é isso mesmo.

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