Prato cheio

A Ah À Há!
A arte sucumbe aos teus olhos.
Em tua alma, criva os tecidos tortuosos;
Contorce nos quadros, nos portas retratos da nossa memória;
Excita o ventre parco dos seus filhos, gera fissuras independentes.
E se esforça à maneira de arte eloquente, à mesa do lar.
Há sede festeira de criar o que vai consumir.
Inaudito os sentimentos, reascendem desaquecidos, sem temor.
Ah, amor, como muitos falam de ti.

Com essas bocas doces, alardeiam em quatro tempos os seus fragmentos.
Silenciosamente eu te observo, absorvendo os teus sinais.
Contemporaneizando os teus sinais, ah há a à arte em si...
No flamejar dos corpos ao se contorcer pairam movimentos mecânicos a se desenrolar.
Nada mais foi dito a arte depois de então.
Nada mais foi repetido depois daquela ocasião.
Admirado, ficaram observando a atração que era o outro em um blues.
Somente o outro a bailar a sua frente, em todos os lugares.
Corpos dóceis, corpos frágeis em todas as direções caminhavam.
Burburinhos também eram notados, ritmados, a lógica decaia.
Era a vida da arte da vida sensitiva que se criava pois a fome ajudava no transe em sinais.
É tudo corpo, síbolos de um mundo em nós.
Vejam onde pisam, por onde andam se não há mais chão.
Ah! Não há mais chão.
Seria isso bom?
AAAAAAAAAArteeeeeeeApoucaEmcadabocaparasealimentar, de quê?
Fast Food nos fim de semana.

Comentários

Patrícia disse…
Simplesmente concreto, profundo e forte!!!

Típico da tua poesia!!!!

Belíssimo!
Pétrig disse…
a sibila disse tudo, típico da tua poesia, esse concretismo profundo e forte.

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