Depois do ócio.
Eu sei que temos que preparar nossa alma. E o quanto é tolo pensar sobre isto. Sofrer antecipadamente pelo futuro, olhar o passado maravilhoso que se anuncia. Viver o segredo nessa ciranda da vida. Viver mil vidas em uma só: a vida clichê, a extraordinária, a pacata boa vida do entardecer; ouço o barulhinho das ondas, um pouco, distantes, pra lá de tenaz.
Eu não quero escrever nada de extraordinário, o não dito por ninguém. Eu não preciso de confirmações, mas seria bom, se fosse possível sentirmos. Se pudéssemos dialogar, se todos emanassem as mesmas energias algumas vezes. Esquecermos a ordem do discurso, a coerência textual, o enredo traçado, a lógica esmiuçada pelos nobres escritores. – Nem se eu estiver falando a só nesse quadro escuro, mas tarde, depois de alguns anos, eu diria o que escrevi. Porém o outro de mim sentirá o que eu digo? O que senti naquele momento? Eu tenho uma tímida certeza que você não está entendendo quase nada do que digo. – Seja simples, direto, tenha pena do próprio leitor. Eu não sou profissional! Isso que me diverte. Não tenho obrigação nenhuma de se fazer entender, nem a quero. Não, não é um desabafo. É o puro e simples ato de escrever o que vem a mente. Mesmo eu sendo incompetente, algum sentimento permeia de forma nítida as minhas ações. Eu escrevo para mim, para que essa angústia passe logo. Como saber donde vem o que nos angustia, para que saber?
Não ando tão angustiado assim, é apenas o ócio. Maldito ócio, aquele que seria a oficina do Diabo. Sim! Dele podemos criar, mas o que é que eu criei aqui me lamentando? Meus ciúmes, amores, paixões, dor, sentimentos, emoção, angústia, são apenas meu. De vocês, do que faço parte. Nem sei. O que escrevo acabo de achar uma completa bobagem. No entanto, algo necessário para me fazer bem. É como... é um segredo, uma satisfação, um gozo, um jubilo; um egoísmo social. Egoísta porque quase sempre você não consegue sentir, e social porque ponho para qualquer um ler e julgar algo que no fim se esvai para outras sensações. E eu não sou o mesmo depois disto. Sou o outro de mim, um outro conhecido.
Eu não quero escrever nada de extraordinário, o não dito por ninguém. Eu não preciso de confirmações, mas seria bom, se fosse possível sentirmos. Se pudéssemos dialogar, se todos emanassem as mesmas energias algumas vezes. Esquecermos a ordem do discurso, a coerência textual, o enredo traçado, a lógica esmiuçada pelos nobres escritores. – Nem se eu estiver falando a só nesse quadro escuro, mas tarde, depois de alguns anos, eu diria o que escrevi. Porém o outro de mim sentirá o que eu digo? O que senti naquele momento? Eu tenho uma tímida certeza que você não está entendendo quase nada do que digo. – Seja simples, direto, tenha pena do próprio leitor. Eu não sou profissional! Isso que me diverte. Não tenho obrigação nenhuma de se fazer entender, nem a quero. Não, não é um desabafo. É o puro e simples ato de escrever o que vem a mente. Mesmo eu sendo incompetente, algum sentimento permeia de forma nítida as minhas ações. Eu escrevo para mim, para que essa angústia passe logo. Como saber donde vem o que nos angustia, para que saber?
Não ando tão angustiado assim, é apenas o ócio. Maldito ócio, aquele que seria a oficina do Diabo. Sim! Dele podemos criar, mas o que é que eu criei aqui me lamentando? Meus ciúmes, amores, paixões, dor, sentimentos, emoção, angústia, são apenas meu. De vocês, do que faço parte. Nem sei. O que escrevo acabo de achar uma completa bobagem. No entanto, algo necessário para me fazer bem. É como... é um segredo, uma satisfação, um gozo, um jubilo; um egoísmo social. Egoísta porque quase sempre você não consegue sentir, e social porque ponho para qualquer um ler e julgar algo que no fim se esvai para outras sensações. E eu não sou o mesmo depois disto. Sou o outro de mim, um outro conhecido.
Comentários
*Ficou meio gay, esse escândalo, mas é isso mesmo. Escandaloso seu texto. No melhor sentido que essa palavra possa possuir.
Autobiografia.Não, biografia.Homem.
seja profissonal!!!!
deixe a saudade,os amores..esses mosquitos que não nos largam de lado!
Esse teu post tá muito Pessoano, mas como sou transgressora, vou de Ana C. e Hilda:
"também escrevi coisas assim, para pessoas que nem sei mais quem são, de uma doçura venenosa de tão funda"
"sinto-me livre para fracassar"
Carolina, vc é muito sabida. Pena que n quer comentar em nosso humilde blogg.
;/
Ah, depois quero ler essas autoras.
Quem dera um pouco de F. Pessoa.
hahahahahah
deixo as poesias para os que sabem escrever.....
beijo!
kkkkkkkk