Sobre o meu ódio.

Odeio ainda te sentir
ainda te ter aqui dentro
pulando, gritando, pedindo atenção.
Odeio como ainda consegue me fazer rir
Me fazer esquecer do que já fez;
me fazer querer reviver tudo aquilo
que neguei, que enjeitei.
Odeio quando penso em ti
quando me levas pela tua charla,
pelo teu jeito; quando me dizes "enfim",
quando não me diz que não, mas também não diz que sim.
Odeio quando não me responde,
quando não corresponde ao meu tão
sofrido chamado, ao meu grito rasgado.
Odeio teu olhar que invade, me possui,
me consome, me conhece, me persegue.
Odeio lembrar que sabes todo o meu
desenho, e que já traçou caminhos
com seus dedos por todo meu corpo,
em tão pouco tempo.
Odeio ainda te ver, e perceber
o quanto ainda sinto, e como ainda minto
sobre te odiar.

Comentários

Pétrig disse…
Escândalo,como diria um amigo meu.
Adorei, simplesmente,

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