O meu ciúme é tão traiçoeiro,
se faz de não existir,
e quando existe, me toma inteiro,
enlouquecendo-me, e fazendo-me refém.
Mas não, não dou o braço a torcer,
guardo ele cá, inquieto,
quase sem se mexer,
trancafiado em meu peito,
gritando querendo sair, não vai! Por que?
Já causa tanto dor aqui,
pra que em outros causar,
deixe quieto, o que é quieto de estar,
fique, passe, e não vá.
Comigo, eu me resolvo,
sei da dor que é de meu pranto,
sei do amor que vira espanto,
sei quando ele pode nascer,
quando não souber mais, te deixo ir,
ciúme maldito, atrás das tuas vitimas,
causar até uma ligeira alegria,
mas no fundo,
não mais que rancor.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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8 comentários:
simplesmente adorei!
por onde anda a Sibila?
Sem computador, eu acho..
ciumes e algo tão possessivo assim, porque ele é meu: " o meu ciúme"
não sei o dos outros, o meu é assim.
"sem computador" não é motivo pra deixar os seus leitores aflitos, cegos das suas palavras.
ciume é tão forte que costuma ser pronunciado no plural....eu sinto ciúmes
mas, enfim, eu gosto desse sentimento...às vezes tão mesquinho e autoritário...
mais autoritário do que deveria.
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