E a Terra parou


Na hora em que o relógio parar
Não haverá um só fio que se mecha
Nem que se queira,
Que se goste.


Os pingos da chuva parecerão
Cristais suspensos
Em um teto insólito
Numa infinidade de azul.


Na hora em que a luz dos olhos se encontrarem
Nada mais existirá em movimento
E o amigo vento desenhará
seu rosto eternamente em minha memória.

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