Eu gosto dos que tem fome.
Fera, que te quero bela.
Nessa luta, quem ganha é a força, a voracidade, a fome brutal.
A fera deseja a beleza não por inveja, não só por fome...
Mas o impestuoso desejo que a beleza desperta nos toma a carne e nos aflora a selvageria que, de quando em quando, nos apetece.
Esse ímpeto de doce maldade espeta a pele inteira, saliva a boca, aguça o faro.
A fera se liberta em segundos, dominada pela dura realidade da natureza, que foi bela inicialmente, e agora procura a beleza cuidadosamente, tentando resgatar sua face inicial.
Esse sentido aguçado de tudo, essa necessidade de sugar uma essência, esse apelo de beija-me flor acomete os mais atentos e menos despreocupados; os atingem fatalmente, mas o libertam de uma jaula cruel.
E como há de ser meio a meio? Como hei de equilibrar forças tão antagônicas e tão compatíveis?
Não consigo por quê sei de qual lado a vida escorre mais viva.
A beleza sempre tão segura de si, tão imponente, tão bem acomodade no seu pedestal; a fera enjaulada, louca, desvairada, assustando quem passa, quem cruza com ela a calçada.
Nessa gangorra de inúmeros altos e baixos, nesses embates, a gente sabe quem ganha.
A fome traz consigo uma força imbatível, uma inevitável vitória. Não uma força animalesca, mas a mais feroz das existentes: a demonstração da fraqueza.
Cara a cara com a bela, a Fera desmorona e se desmonta; assume seu desejo, admite sua vontade e larga mão de suas amarras. Voa em cima e não deixa nem um osso.
Dos meus, aguardo o salto enquanto desejo: Bela, que te quero fera!
Nessa luta, quem ganha é a força, a voracidade, a fome brutal.
A fera deseja a beleza não por inveja, não só por fome...
Mas o impestuoso desejo que a beleza desperta nos toma a carne e nos aflora a selvageria que, de quando em quando, nos apetece.
Esse ímpeto de doce maldade espeta a pele inteira, saliva a boca, aguça o faro.
A fera se liberta em segundos, dominada pela dura realidade da natureza, que foi bela inicialmente, e agora procura a beleza cuidadosamente, tentando resgatar sua face inicial.
Esse sentido aguçado de tudo, essa necessidade de sugar uma essência, esse apelo de beija-me flor acomete os mais atentos e menos despreocupados; os atingem fatalmente, mas o libertam de uma jaula cruel.
E como há de ser meio a meio? Como hei de equilibrar forças tão antagônicas e tão compatíveis?
Não consigo por quê sei de qual lado a vida escorre mais viva.
A beleza sempre tão segura de si, tão imponente, tão bem acomodade no seu pedestal; a fera enjaulada, louca, desvairada, assustando quem passa, quem cruza com ela a calçada.
Nessa gangorra de inúmeros altos e baixos, nesses embates, a gente sabe quem ganha.
A fome traz consigo uma força imbatível, uma inevitável vitória. Não uma força animalesca, mas a mais feroz das existentes: a demonstração da fraqueza.
Cara a cara com a bela, a Fera desmorona e se desmonta; assume seu desejo, admite sua vontade e larga mão de suas amarras. Voa em cima e não deixa nem um osso.
Dos meus, aguardo o salto enquanto desejo: Bela, que te quero fera!
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