De longe e algumas horas mais tarde.

O sol se põe de uma forma diferente por aqui...
Como se o dia não quisesse terminar e o sol dançasse, teimando em não deitar.
Na "hora dos anjos" é como se o tempo parasse, as nuvens congelassem por entre as muralhas verdes e o vento deslizasse silencioso por entre árvores e corpos.
Ao olhar para o horizonte, sinto como se observasse uma tela, uma bela obra de arte, daquelas que você admira na melhor galeria de arte que se possa conceber.
Pouco a pouco, as nuvens ficam rosadas, como se meu olhar atento deixasse-as envergonhadas; o azul da teia celestial torna-se alaranjado, como quem, desesperadamente, finge um alvorecer.
Espero uns minutos para ver se acredito que é realmente o pôr-do-sol, e não o nascer.
Finalmente, o teto da terra recobra sua tonalidade usual e desfaz a pintura milionária de um Portinari qualquer.
Resta alguns fior avermelhados, mas por poucos segundos...
A escuridão, enfim, chega. Deixa no pensamento uma nostalgia diurna
... As estrelas até brilham, a lua ilumina, imponente...
Mas o espetáculo do crepúsculo camponês guarda algo de misterioso, de esplendor, como se deixasse a mensagem que não demora e o dia volta.
Volta, imensidão de luz guerreira!

diário de vivências
Minas - janeiro/2009

Comentários

REAVF disse…
ah, por do sol. Do sul parece ser mais bonito?
Pétrig disse…
não aquece tanto..

Postagens mais visitadas