Pode ir...


Que o tempo deixe passar:
Os sabores que eu não senti
As magoas que criei
Os desamores que sonhei
Os vícios que não curti.
Eu sei que não posso amar:
Os silêncios que não ouvi
As palavras que não falei
Os anseios que não tive
O desejo que não segui.
Ainda, sei que posso ir.
Do choro que tu zombaste
Há lágrimas de rir.
Longe de ti, em algum lugar, eu devo ficar
Mas não doe, não.
Tenho que vagar
Tanto que parti de um lugar que nunca estive.
Saiba bem que, na lucidez do amor, "você" sempre esteve aqui.
Mas sei que não vi.
Sei o quê doeu
Sei o quê senti; naquela, gota, pura falta de amor
O amor de ti imaginar feliz.
--------
Que o tempo deixe passar,
Suave e calmo como o suor:
Os sabores que eu senti
As magoas que perdi
Os amores que sonhei
Os vícios que criei.
Eu sei que posso amar:
Os silêncios que ouvi
As palavras que falei
Os anseios que deixei
O desejo que reprimi.
Ainda, sei que posso ficar.
Do choro que tu zombaste
Por outros tantos eu sorri.
Perto de ti, em algum lugar, eu te afeto
Não doe, não, tenho que sangrar
Eu te afeto e já estou em ti
Sei do teu amor.
Eu te liberto.
Eu me faço amar
Naquela, gota, pura de suor
O corpo a transpirar, no ar.
Fluir... Disperso.

Comentários

Unknown disse…
mas sempre há tempo para novas palavras, sabores, desamores, ilusões, amores...
mto lindo...
=]
Pétrig disse…
concordo com a luana
REAVF disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
REAVF disse…
Que o tempo deixe passar...

se fica inscrito em mim,
Que o tempo deixe passar...

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