Balada de amor.

Eu me balanço.
Dizem que recém-nascidos não se mexem continuamente enquanto dormem por que não tem envergadura óssea e muscular para tanto. Mas eu me mexia. Desde o primeiro dia, eu balancei as pernas ao dormir. Meu pai diz que é por que minha mãe também balançava as pernas quando eu ainda estava na barriga. Talvez seja...
Ou talvez eu sempre tenha sido assim. Meu instinto já fosse aguçado, meu coração já selvagem, talvez já ansiava por viver tudo, com apenas dias.
Alguns já disseram que meu balançar é impaciência, outros preocupação; mas eu acho mesmo que é o meu embalo, minha emoção palpitando ritmicamente, minha batida, minha canção.
Sim, a canção do meu ser é tocada a todo instante, a cada suspirar, alterando a respiração de acordo com o meu presente sentimento, acompanhando o bater do meu coração.

Eu balanço por ti.
Não, não consigo escrever, ou mesmo, ao certo, falar de ti; mas minhas pernas não metem.
É por ti que, hoje, eu balanço. E é por ti que hoje me embalo numa frenética balada de amor.

Comentários

REAVF disse…
Um dos melhoresss....
hehehehe
acho que é mentira que já no berço vc tinha esse balançar...
;@
be disse…
papai jura de pé junto. ;p
Patrícia disse…
Adorei essa balada... Joana Balanço...;-*

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