domingo, 29 de março de 2015

Satisfaço-me
em falar-te.

Despida, sentida e despudorada.

Um expectador,
apenas um.

Poesiarei mais um pouco...

Estás aí,
estou cá.

Habitamos aqui...

E a poesia nunca sucumbirá...

Casa de Vidro

Chão e Teto, tudo desabou.
Poeira e escombros, restos e coisas.
Lembranças, desordem, memória.
Passos juntos e caminhos separados.  
Rios de lágrimas, silêncio, soluços.
Não é poesia, é só choro.

E não tem palavras bonitas para contar. 

sábado, 14 de março de 2015

Matar sonhos é crime.

Na ilicitude da minha alma
você foi julgado e condenado:

Culpado.

Eis um estilhaçador de sonhos...

Humanamente cruel,
destruidor de abstratos concretos...

Uma pena seria pouco
para o enredo da tua vida vazia.

Vida...vadia...vazia...

Tua sentença condenatória
é a culpa de uma vida
que há de carregar...

Por toda a tua vida...
Por onde ousar pisar...

Mas eis o trunfo ousado:

Sonhos não morrem.

São imortais.

Adormecem e
acordam outrora...

Fortes e duradouros.

Sonhos de areia,
abstratos concretos.






Catorque do três de quinze.

Nunca dei data para a minha poesia.  Minto, as vezes datei.
E deitei sobre o tempo, datando, datando, datando, o tempo todo.

Aí, me perdi. 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Correndo para o passado, ou o desprogresso de mim.

Sou muito precavido, é sempre comigo mesmo que me acho. 
Talvez seja signo ou sonho, ou sou.
Aperto, degusto, fumaço e viu. 
Soul uma, ou mil zicas, toda hora.
Poesia antiquária de um homem atrás do seu tempo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Coração arredio
pulsando inquieto...

Perdi-me no último
suspiro sossegado
dedicado a ti...

E dedicar-me-ia
numa melancolia sem fim...

Agora jaz...

Do lado esquerdo da minha alma
mora um pote carregado de mágoas.
Eis que quando o sol se põe e
todos os risos dormem,
ele transborda em melancolia...

Que a tua maldade seja perdoada,
porque a minha fraqueza é tênue
como o bater de asas de uma borboleta...

Delicada e sutil.

Transborda,
coração arredio.
Derrama todas
as gotas de tristeza que há em ti...

E, quiçá, em outrora,
a vida há de tecer com fios de esperança...

As chagas que habitam em
minha alma.

domingo, 1 de março de 2015

À cada falso.

Careço-me de um gole a mais de solidão?
Sim e não, soberbos ambos;
Suspiros curtos e falsos.
São cada um, cadafalsos de um eterno pesar. 

Nessa pouca forma em que a rima força um estilo cru,
de um nu sublime, que mais que informa,

não desforma a minha poesia. 

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...