segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Solúvel


Chega. Cheira na carreira a poesia

Corre! Chega e cheira a poeira.

Tosse. Escarra no ar a sujeira.

Engole. Digestão de agonia.

Dança! Anca balança só.

Quebra. Sem ser o tchan.

Foda. Temos que recomeçar.

Meça. Não cabe e não há.

Faça. Não vá.

Para. Ação de negar.

Resista. ir ao se identificar.  

Exista. pois é ao negar não ser.

ê ê ê...ê... axé. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lágrima, poesia e canção da vida vivida.

Inspirado nos maiores, quis ser lágrima, poesia e canção.
Canção para cantar erros e acertos.
Poesia para rimar falhas e virtudes.
Lágima para chorar e rir, sobretudo rir.
Mas a canção não veio e a poesia não apareceu.
Só a lágrima surgiu, sobretudo de chorar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Ah...se o teu caminho
tivesse a mesma trilha
que ousa esbarrar no meu...

Ah...se a tua praia
fosse o mesmo mar
que o meu rio deságua...

Ah...se a tua rua
tivesse a mesma lua
que ilumina os meus avessos...

E se os meus versos
ecoassem por aí
sorrateiros em ti?

Entrelinhas...

Sutis...

Enfim...

Você tem medo de altura?!





domingo, 13 de setembro de 2015

De Marte.

Transbordando poesia
ela insiste em ser clichê
sangrando eternamente aquela dor
do mesmo amor que não findou.

A rua mudou.

A casa mudou.

O riso mudou.

"E ela ainda está sambando..."

Ela é amor, é poesia, é sonho, é coração
e todos os clichês que não cabem em um ser.

Ela não cabe aqui.

Tudo é exagero.

Intenso.

Seus sonhos são maiores do que ela pode carregar...
E descarregar...

"E ela ainda está sambando.."

Ela?

Não cabe nesse mundo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Últimas

Não tenho nada a falar
Ouça o meu silêncio sincero
a pausa cortada do que já vivi.

Ouça
atenciosamente
a sua memória,
um sentimento
fraterno ou seria
a paixão.

Se ouvir,
Existe assim um último ser
prevalecendo  entre outros
absurdo, absorto, abusivo
amor.

É o que resta de mim
não há corpo nem alma
só uma paz tão calma
que entrego a ti.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A língua.

Sempre fui péssimo leitor. Ansioso, queria terminar logo a leitura e eu mesmo escrever aquelas coisas maravilhosas. Daí corria para escrever, e escrevia. Foi assim que me descobri um péssimo escritor. E agora, o que eu faria dessa paixão? Daí a poesia permitiu-me comunicar-me, assim ridículo, e minha palavra pôde então ser absurda. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Foda

uma praia fria um outro lugar eu já imaginaria aqui sem o sol porque passou e eu só fiquei só passando transando o passado em silêncio.... em movimento o sentimento como aquela praia parecia esperar a maré voltar amar é voltar e voltar; dar voltas no mesmo lugar. assim, estando na ânsia cansado por fim com os pés na areia sem a terra que ratei, os grãos, os quais revelam o tanto quanto girei, resolveram partir e eu e o sentimento sem ter para onde ir nem terra onde pisar fomos indo rindo lindo como nunca fomos já os grãos do amor te colhi a morte que não escolhi enterrei o amor onde quis ficar passei por aí passei pelo mar por lá, pelo ar passei cantando cansado de ir sem poder por acaso voltar pois acaso não cabe esperar nem ressuscita o amor que morreu Deu fu deu fu deu fudeu..

domingo, 29 de março de 2015

Satisfaço-me
em falar-te.

Despida, sentida e despudorada.

Um expectador,
apenas um.

Poesiarei mais um pouco...

Estás aí,
estou cá.

Habitamos aqui...

E a poesia nunca sucumbirá...

Casa de Vidro

Chão e Teto, tudo desabou.
Poeira e escombros, restos e coisas.
Lembranças, desordem, memória.
Passos juntos e caminhos separados.  
Rios de lágrimas, silêncio, soluços.
Não é poesia, é só choro.

E não tem palavras bonitas para contar. 

sábado, 14 de março de 2015

Matar sonhos é crime.

Na ilicitude da minha alma
você foi julgado e condenado:

Culpado.

Eis um estilhaçador de sonhos...

Humanamente cruel,
destruidor de abstratos concretos...

Uma pena seria pouco
para o enredo da tua vida vazia.

Vida...vadia...vazia...

Tua sentença condenatória
é a culpa de uma vida
que há de carregar...

Por toda a tua vida...
Por onde ousar pisar...

Mas eis o trunfo ousado:

Sonhos não morrem.

São imortais.

Adormecem e
acordam outrora...

Fortes e duradouros.

Sonhos de areia,
abstratos concretos.






Catorque do três de quinze.

Nunca dei data para a minha poesia.  Minto, as vezes datei.
E deitei sobre o tempo, datando, datando, datando, o tempo todo.

Aí, me perdi. 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Correndo para o passado, ou o desprogresso de mim.

Sou muito precavido, é sempre comigo mesmo que me acho. 
Talvez seja signo ou sonho, ou sou.
Aperto, degusto, fumaço e viu. 
Soul uma, ou mil zicas, toda hora.
Poesia antiquária de um homem atrás do seu tempo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Coração arredio
pulsando inquieto...

Perdi-me no último
suspiro sossegado
dedicado a ti...

E dedicar-me-ia
numa melancolia sem fim...

Agora jaz...

Do lado esquerdo da minha alma
mora um pote carregado de mágoas.
Eis que quando o sol se põe e
todos os risos dormem,
ele transborda em melancolia...

Que a tua maldade seja perdoada,
porque a minha fraqueza é tênue
como o bater de asas de uma borboleta...

Delicada e sutil.

Transborda,
coração arredio.
Derrama todas
as gotas de tristeza que há em ti...

E, quiçá, em outrora,
a vida há de tecer com fios de esperança...

As chagas que habitam em
minha alma.

domingo, 1 de março de 2015

À cada falso.

Careço-me de um gole a mais de solidão?
Sim e não, soberbos ambos;
Suspiros curtos e falsos.
São cada um, cadafalsos de um eterno pesar. 

Nessa pouca forma em que a rima força um estilo cru,
de um nu sublime, que mais que informa,

não desforma a minha poesia. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Paraninfa

Quis transformar a raiva em rima
E descontar na poesia toda frustração que eu causo, 
do qual teu lirismo canceriano se aproveita.
Aumentando, nossa injuria recorrente.
Ainda bem que não consegui, ela não saiu, não externei o sentimento, 
ia ser uma poesia feia, calada.
E todas sabemos quão ruim para uma poesia é ela não dizer nada.

Travada, ela seria indigna do nosso amor intempérie. 

Para Sofia ...

Aos sete, revi tudo, valores, rancores e paixões.
Fui brincar no jardim da alegria e encontrei você lá.
Pudera eu ser feliz todos os dias, pudera eu não saber que perdi tanto.
E se recuperar não dá, já que tempo só passa para frente,
Sintonizemos ao menos, o passado em uma estação eterna:

Em que nosso abraço possa ser para sempre. 

5 e 88

Peito e dor são duas coisas que não cabem na mesma poesia.
A saudade é um passo infinito e sem volta.
Para um, não lhe cabe tanta mágoa.
Para outra, quando se instala dona da casa, haja alma.
E no meu comodismo, gosto de estar à toa, e contemplar essa nau.

Assim, do auge do meu egoísmo, consigo bufar de teimosia só para ti. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Um toque de realidade e
muitas entrelinhas.

Você...

Sutil abstrato,
doce imaginação...

Quase posso sentir o pesar
das palavras sem ensaio e
ousar vê-las serem formadas
em teus lábios...

Pés no chão.

Entrelinhas são aliadas perigosas.

Os risos que não vi,
guardarei...
E hei de ouvir baixinho
os teus olhos expressivos...

Escorrega delicadamente
entre versos...
Doce ausência presente...

Do seu jeito,
Do meu jeito,
Do nosso jeito.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...