segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tempo, temo, te amo

Temo morrer sem tempo
Te amo e morro por ter
de esperar por dentro
e ir embora por fora
daquilo que guardo.

Temo, te amo e não prático o amor suicida
que se gasta na memória;
nos sonhos mais infames;
nas noites impróprias.

Te amo nas noites
que marcam e passam
Como a vida que se esvai...

Pouco a pouco,
como aquele amor,
temo mais um pouco
não amar mais nada
e esperar dissolver as migalhas
daquilo que não digeri.

Temo e te amo,
o que não quer dizer nada
quando o tempo desaba,
sem deixar vestígios
da vida que passou.

Um comentário:

Pétrig disse...

fazia tempo que não lia,
nem comentava,
nem sei porque,
acho que estava sem tempo.
vejo que não perdeu a mão.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...