Eira, beira e tribeira.
Minha casa,
minha cara.
Sou pobre de eira.
Minha casa é sem beira.
Meu palácio,
herdei de nobres.
Sou rico de eira, beira e tribeira.
São as minhas maiores posses.
E cabe a alguém explicar,
quiçá um entendedor.
O que percorre as entrelinhas?
Que entranha-se sorrateiramente
no cimento?
E ninguém vê?
Eis a Eira da sabedoria;
A Beira do desassossego;
E a Tribeira da alma.
Essa, última,
é do rico, é do pobre.
É nobreza de espírito,
não há como herdar.
Minha casa,
minha cara.
Sou pobre de eira.
Minha casa é sem beira.
Meu palácio,
herdei de nobres.
Sou rico de eira, beira e tribeira.
São as minhas maiores posses.
E cabe a alguém explicar,
quiçá um entendedor.
O que percorre as entrelinhas?
Que entranha-se sorrateiramente
no cimento?
E ninguém vê?
Eis a Eira da sabedoria;
A Beira do desassossego;
E a Tribeira da alma.
Essa, última,
é do rico, é do pobre.
É nobreza de espírito,
não há como herdar.
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