quinta-feira, 8 de abril de 2010

Eira, beira e tribeira.

Minha casa,
minha cara.

Sou pobre de eira.
Minha casa é sem beira.

Meu palácio,
herdei de nobres.

Sou rico de eira, beira e tribeira.

São as minhas maiores posses.

E cabe a alguém explicar,
quiçá um entendedor.

O que percorre as entrelinhas?

Que entranha-se sorrateiramente
no cimento?

E ninguém vê?

Eis a Eira da sabedoria;

A Beira do desassossego;

E a Tribeira da alma.

Essa, última,
é do rico, é do pobre.

É nobreza de espírito,
não há como herdar.

2 comentários:

REAVF disse...

Eira, Beira e Tribeira, isso é cultura popular..
;]

Pétrig disse...

quero uma casa, assim, sem coiseiras..

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...