quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pó Ema.

Sabe o poema velho,
Cheio de rugas, calejado,
Sofrido e torto,
Pois é, tenta ser novo,
de novo tenta o poema velho se esquecer,
das marcas que traz consigo,
dos anos, que lhe deram abrigo,
das oportunidades perdidas em rimar,
das estrofes torcidas, em cismar.

Da pena e da caneta, deu dó,
Deu dó do velho poema,
Que se fez criança,
se encheu de esperança,
parecia até verso inédito,
respirou fundo novamente,
e morreu,
sem deixar saudade,
em poeta algum.

2 comentários:

be disse...

Pra mim, poemas tem um sincronia sem fim. Enferrujam, se enchem de pó, mas é só pegar com cuidado, assoprar pra tirar o pó, pra ver como ele ainda se encaixa, mesmo que não caiba no sentido em que ele foi feito.
Palavras não se perdem, mesmo que ao vento... Sempre encontram um novo amigo.

Pétrig disse...

vejo os poemas, como pessoas, que nascem e que morrem, em seus corpos, e tem suas almas, infinitas.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...