Pó Ema.
Cheio de rugas, calejado,
Sofrido e torto,
Pois é, tenta ser novo,
de novo tenta o poema velho se esquecer,
das marcas que traz consigo,
dos anos, que lhe deram abrigo,
das oportunidades perdidas em rimar,
das estrofes torcidas, em cismar.
Da pena e da caneta, deu dó,
Deu dó do velho poema,
Que se fez criança,
se encheu de esperança,
parecia até verso inédito,
respirou fundo novamente,
e morreu,
sem deixar saudade,
em poeta algum.
Comentários
Palavras não se perdem, mesmo que ao vento... Sempre encontram um novo amigo.