segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Noite de Lua Cheia

Pela janela de meu quarto vejo a argêntea luz da lua cheia. É sua fase mais encantadora, seu formato mais esplêndido. Quantos poetas já derramaram em seus versos essa doce luminosidade? Quantos corações já suspiraram apaixonados sob os encantos dessa lua? Quantos corpos já se entrelaçaram sob este brilho luxuriante? Olhando-a lá no alto parece-me tão imponente, quase sagrada. É como se ela pudesse ler meus pensamentos, como se quisesse segredar em meus ouvidos desejos ocultos.
As noites mais bonitas são as noites de lua cheia. As estrelas comportam-se como meras coadjuvantes deste espetáculo fulgurante. É ela quem reina absoluta nos céus. Os lugares são tomados por um brilho quimérico, um brilho que parece seduzir meus olhos e prendê-los à janela.
As noites mais tristes são as noites de lua cheia. Todo esse brilho inebriante traz consigo uma saudade aterradora. A noite fica tão linda que é inevitável não pensar em alguém. Alguém que se ama, que já partiu, que está longe. O mais triste é não ter em quem pensar, é dos vazios o pior. Para essas pessoas, a luz da lua cheia faz escurecer ainda mais as noites de solidão.

2 comentários:

Pétrig disse...

Lindo, lindo mesmo.
Ainda o eclipse vem, pra tornar a saudade, quase infinita.

Patrícia disse...

Grande Pedrinho muit obg amore...

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...