O mágico dos tempos

Não é para termos nada,
é para termos nada,
para sermos tudo aquilo que imaginará.

- O mágico dos tempos não consegue explicar:

Que quando já fazes parte de mim
e eu de ti, nos machucamos com os desagrados;
quando voltamos a ser um só.

Que ainda está inscrito em minha pele,
um pouco mais profundo do que um arranhão,
Um gosto breve que nos aquece,
as marcas suaves de tuas mãos.

Se seremos capazes de imaginar outras formas de sorrir,
quando a magia do nosso amor desaparecer,
e só restar um sonho, como num bom alvorecer,
esquecidas lembranças, quando a noite já cair;

Um recomeço, quando passo a escrever.

O mágico dos tempos não conseguirá explicar:

Que não se pode ter tudo
nem se pode ter nada,
quando não ter é ganhar a solidão;

Quando nada o tempo consegue apagar;
Quando não estamos mais só;
Quando temos a solidão;

Que o tempo não vai passar
enquanto sentimos no coração
a presença e a falta de um amor;
um pedaço sem solução.

Comentários

Pétrig disse…
Uma página escrita com um resto de saudade, um tantinho assim de falta de carinho, um pequeno pedaço de arrependimento, uma gota de raiva pra dá um tempero efêmero, poucos medos, varias incertezas e nenhuma verdade misturada com uma porrada de icognitas vazias, dária sim uma página de amor, daria sim. Era preciso só alguém que a escrevesse sem rancor, sem levar das palavras a maldade que elas queriam espressar.
Mas como assim página de amor?,. Com maldade? Raiva? Rancor? ... Ah!!! Pensei que tivesse um pouco disso também...


Dificil Ronaldo.

Pedro Trigueiro
REAVF disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
REAVF disse…
"varias incertezas e nenhuma verdade misturada com uma porrada de icognitas vazias"

Só se o rancor não fosse verdadeiro
se fosse só o lado ruim da paixão;
se fosse amor insatisfeito;
se o rancor fosse pela saudade, pela falta de carinho ou talvez, mas precisamente, pelo arrependimento.

Eis que quem escreveu está bem ciente do que fez..

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