Diálogos noturno
Eu te encontrei no silêncio, te julguei antes de dormir. Uma sensação de vazio enquanto eu lembrava de...
Falta sentido no toque do corpo com outro corpo que não é o teu
Amor não se faz só com o sexo já que amor é afeto
Não sei o que fazer com esse povo que confunde indiferença com gentileza
Deitar e não dormir é angustiante quando noutro dia se tem obrigações, neste momento é que se sente as grades das horas apertando o tempo.
Queria eu dizer algo e ao mesmo tempo não falar, assim passei a noite toda segurando o copo, esforçando-se para ser simpática, o alívio era o cigarro.
Ela vinha de vez em quando com um lindo sorriso no rosto, dava para perceber que algo a incomodava... acho que ela sofre dos mesmos problemas do que eu...
É cada um perdido em seu eu angustiante que os monólogos não cessam em forma de diálogos.
Sinto até saudade daqueles amigos que aliviavam suas dores ouvindo os lamentos próximos. Assim como os velhos idosos na fila do hospital competem pelas dores do corpo, competíamos implicitamente para vê quem carregava mais consigo os males do coração.
Desconfio de quem sempre é feliz da mesma forma de quem sempre anda triste, o primeiro deve ser lunático, o segundo amargurado. Ambos têm uma noção de realidade mediada por esses sentimentos definidores.
Ele tinha tanta insegurança que se portava como um soldado em vigília, um tiro no primeiro susto, vinha com uma autoconfiança forçada no acerto do primeiro alvo.
Ela me tratou tão bem na última vez que a encontrei, parecia um pedido de desculpa pelo passado e pelo futuro. Depois disso, eu nunca mais a vi.
Agora com o tal de lugar da fala todo livro terá que ter a quantidade de autores similar ao número de personagens.
Comentários
Que é bom desconfiar dos bons elementos...