Pó é sinhá!


Saudade da poesia que não escrevo,
Da rima fácil que não repito,
Da corja de sentimentos esquecidos
Na prosa calada que não festejo.

Quando a saudade passar e de novo tu vieres,
Que seja breve, um pouco dura e um tanto leve
Mas venha sem mais, delongas e casos,
Seja só o desfecho de um laço.

Daí, ao inscrever-se tu na pedra, ou no papel
Seja assim: tão suja ou infiel quanto justa é a tesoura dos inconsolados,
Que corta e apara as miudezas do dia, de todas as horas
E as torna enfim a palavra presente do infinito não dito. 

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