sexta-feira, 16 de março de 2018

O morto-vivo.

Essa noite sonhei
que ela voltava p’ra mim.
Mas, mesmo dormindo,
eu sabia que era só um sonho
que se sonha só.

Acordei na madrugada,
eram por volta das quatro
não tinha cigarros,
não tinha bebida,
só o silêncio
e a realidade em que me pus.

Como alma-penada
ando fraco e sem fome
erro os sapatos dos pés,
Não sei que horas são.
busco não esconder minha dor.
Lembro o passado
e tantos amores que se foram.

O tempo da vida deu um tempo em mim
e sou agora um zumbi,
e como o morto vivo
na lira dos vinte anos:
“Acordei da ilusão, a sós morrendo”.

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