Com pesar!
Um afeto não se encontra na esquina, é um tanto difícil como um eu te amo na despedida. Então, esse amor é castigo que nos deixa em perigo, próximo a desilusão. Seria um amor libertário que rende a alma em consternação? Dói entregar ao esquecimento a paixão dos teus braços, o meu delírio de felicidade. Dói não deixar correr as lágrimas, a sinceridade cálida ou a impetuosa raiva de uma decepção. Dói saber que o amor combina com a dor mais do que com a paixão. Sei que teu sorriso e dengo são além do espaço e tempo, dinheiro ou relógio; é o lugar de encontro do que é sagrado e ontológico. Fui aquele sorriso, agora soo perdido os cantos que fui. Tenho raiva de mim, tenho sede de mim, morro de saudade de ti, pois não sei mais viver só - ando aprendendo. Porém vivo esse teatro chamado vício de existir. Vivo por um próximo encontro inusitado que me leve a outro estado de contemplação. Tento fugir desse tédio que me atrai quando não estas aqui. Não sei quando irei sair deste luto. Não sei se é um desmaio, um coma ou a morte do que se proclamava amor. Tenho curiosidade em saber as lembranças desse possível finado, se foi certo ou errado deixá-lo partir.
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