quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cale a boca poeta!

 O poeta crê que sua poesia é maior que a arte ou maior que vida
Ele se ilude, se engana e mente.
Desesperado, escreve lágrimas e entusiasmos
Formando um miasma de egoísmo.
Um caleidoscópio de si mesmo.
No fim, porém, ele emana algo que pensa ser bom.
Que sua lira vai um dia atingir um coração.
Quem sabe até salvar alguém.
Aí a poesia se acaba, com uma rima fenomenal
No olho de quem lê, o espanto ou o encanto.
Se ninguém lê, o desabafo inútil fica para o papel
Que tenta alheio, eternizar seu enredo no tempo material.

Seja mais vida poeta, e menos poesia. 

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...