Escribas e a História

Os escribas têm sede de (des)informação e poder.

É muito interessante como no seu desenrolar a história é orquestrada pelos que controlam o discurso. O enredo é construído dentro senso comum fantástico, as pontas soltas amarradas com evidências não comprovadas, mas enraizada pelo contexto arbitrário. Se o discurso depois mostra-se vazio, a estética (a simbologia) faz crer que tudo não passara de verdade, devido a imagem gravada na mente.

Os escribas dominam a história.

O homem depois que crer não gosta de voltar atrás. Tudo é abalável, menos sua crença. A razão trabalha incessantemente para comprovar aquilo que se crer, quando na verdade deveria trabalhar com a dúvida até esgotado a última fonte material. Por muitos, a história é usada para atingir inimigos e não para compreensão da realidade. 

Os escribas guardaram os fatos.

Podemos substituir, na crítica a cima, o termo História pelo termo jornalismo. Mas não o Historiador pelo jornalista, pois ao historiador não cabe relatar o passado por fontes anônimas ou reproduzir discursos comuns. Ao historiador cabe sim a problematização de um período levando em conta sua pluralidade e os enredos ali orquestrados, onde todo vestígio de ação humana se torna fonte escancarada. 

Os escribas têm que dar explicações sobre os invisíveis e os poupados da história.

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