sábado, 2 de junho de 2012

Oração.



Cadê a poesia de todos os dias,
Onde estará? Aonde foi parar
o amor de todos nós, unido,
semi-puro, selvagem,
 natural, intrigante.
Será que passou? Que irá passar?
Quando os dias são estranhos
e os sentimentos confusos
lembrem-se das voltas
que nos trazem a tona
de novo, p’ra rota
de nós mesmos,
do nosso oriundo
profundo,
do que
somos
em essência:
herdeiros dum tempo que
nos é dado;
prisioneiros da fortuna
incerta de um dado
 girando, rodopiando, compondo-nos
meros acúmulos
de  comiserações
e que seguem a diante,
vivos,
erguendo-se firmes e bambos,
todos os dias,
findando nosso particular hedonismo
 na busca espiritual
de sermos humanos.

3 comentários:

Suzan Keila disse...

Bela oração. A poesia é atemporal msm. Quando comecei a ler, já sabia quem era o autor..rs =)

Anônimo disse...

Realmente, a escrita do Pedro é inconfundível (ao menos dentro do blog, rs)

Vanessa Campos disse...

Bom voltar por aqui e (re)encontrar tuas palavras.

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