sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sofia

Se não existisses,

como um deslize lindo a desejar,

compondo-se parte delicada

da história que sou,

do jovem que fui,

da coisa que é Eu:

outro nem saberia ser.

És todo em parte

um espelho meu.

E ontem, se águas rolam

nos meus olhos,

quando sozinho a ensimesmar,

eram só saudades

como é agora:

um dia a mais que você cresceu.

O futuro me apraz então,

e todo riso que não sonho,

e que por hora não vejo mais,

é todo um grito que não me sai,

calado, e cantado como um hino,

que ressoa em todo meu existir.

3 comentários:

REAVF disse...

amor de pai

Suzan Keila disse...

"e todo riso que não sonho,

e que por hora não vejo mais,

é todo um grito que não me sai,

calado, e cantado como um hino,

que ressoa em todo meu existir."

Perfeito. Esse amor não tem limites mesmo... Ama-se qualquer pedacinho, qualquer ação...assim...sem explicação! =)

Pétrig disse...

:)

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...