O leitor.
Eis que senta calado,
e dilui-se no silêncio fúnebre das letras,
entre um soluço,
e uma lágrima:
um vão de tempo,
onde passeiam os anseios da memória;
Ele entorna mais um gole, torpor.
Alheio às ranhuras,
e rimas,
da estrofe
estragada,
alheio ao movimento
das ruas,
dos carros,
e dos meninos,
ele parece não se importar.
e entorna outro trago, quissá.
A letargia dos seus olhos já não é a mesma,
a bebida já faz efeito,
a cachaça já faz suar.
Folheia as noticias, resmunga,
sua voz imagino rouca,
suponho fraca,
grave e fosca,
quase luzes,
quase chagas
feridas,
que ele parece trazer na alma.
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