Quatro anos.
Todos os dias quando eu te chamo em pensamento,
logo e sem demora,
como é próprio da correria descompassa da inocência,
sabiamente alheia a toda má sorte de pilhérias adultas,
me vens sorridente,
desconexa e desengonça me abraçar,
e na minha realidade lúdica,
gira e roda, salta e rodopia.
Alegria a torto e à direito,
nos braços de um pai:
que faz-se em ti,
que pula, chora e ri,
correndo hesitante na vida,
tão perto e tão longe,
onde sempre a saudade
entre nós, pareça inexistir.
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