terça-feira, 26 de julho de 2011

Noutro dia

Ao equilibrar-se na desaforra da dor,
no seu vício de amar, dialogas com o fim.
Imaginas no seu eu o instante perto de ti,
pois logo dali vão existir as cenas finais.

Porque sente como se fosse
ao seu prazer sentir tão perto
os talvez das dores secretas,
tão corretas nas loucuras banais...

Encenas ao findar o que nem começou
a não ousar superar as faltas de dengo
ao gritar e fazer pirraça com a própria dor,
ao dançar na embriagues do não me lembro...

Sem querer acordar e pensar no que sente
espera novamente a noite pra esquecer
e lembra de se perder no prazer, quiça,
nos carinhos dum paliativo qualquer.


Bom dia!

3 comentários:

Suzan Keila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Suzan Keila disse...

Um encanto de poesia... Amei!

Pétrig disse...

...das dores secretas,
tão corretas nas loucuras banais...

Das dunas fiz um porto.

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