Identidade

Existi ao ser reconhecido, vivi quando não me reconheceram, fui e voltei despercebido, foi quando me conheceram. Surpreendi ao ficar surpreso, ao saber que era fácil mentir e, quando eu disse que não era eu mesmo, pediram para eu desmentir. Tendo feito a confusão, naquele jogo de aparência, tão poucas e claras evidências poderiam comprovar: Eu era o mesmo dito e próprio registrado em cartório assim como o meu irmão o qual não era eu. Fato consumado, eu não poderia mais mudar, teriam o meu histórico, o que eu poderia falar?: Forjada como todo aparência a qual se transfigura às evidências aquele registro não sou eu, pois ele é muito mais o meus pais. Já os históricos, falam mais sobre o modo de avaliação e de registro de uma época que era desperdício deixar algo fora do ar. Por isso, faço agora de mim uma interrogação? É fato, existo, mas nem por isso sou aquele que não era o meu irmão. Pois vivo, ao deixar de ser quem eu era, para ser várias vezes quem eu sou.

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