Diálogos de impermanência...
É só mais uma impermanência. Mais uma das tantas passagens da vida. Para alguns tão simples de compreender, já para outros incompreensível.
Você me pede calma, diz que eu preciso apagar a mim mesma para depois reescrever-se. Diz que assim eu posso ser mulher, cama, gato. Assim posso preencher-me do que tanto anseio.
Não é a mulher, a cama ou o gato. São as pessoas que passam distraídas por nós e não percebem a densidade das coisas, a intensidade dos sentidos. São as pessoas, sou e você.
Se é de impermanência que vivemos, então que se viva com leveza, com desapego. Mas onde estará o desapego, o sossego, o vazio? Estará na mulher? Na cama? No gato? está neles, em você e me mim, só não aprendemos ainda como buscar...
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