domingo, 13 de setembro de 2009

O Coração




Pulsa ainda sem esperança
Pulsa porque ainda arqueja
Pulsa por curiosidade
Para saber como seria ser feliz.
Pulsa porque não há nada pior  do que não viver;
Pulsa pois não se sente mais
Pulsa pois ainda imagina como seria ser.
Mesmo sem sentir, ainda pulsa;
Sem repulsar o que vem,
O que se pode ter.
Pulsa como se fosse um último grito de um solitário;
Pulsa como o esvair da palavra ao retornar do interlocutor;
Pulsa porque ainda resta
Pulsa sem saber por que, só pra ser ou existir;
Pulsa sem mais explicação,
Pra pensar naqueles que renegam o trivial,
Pulsa porque tudo agora é incomum;

e no fim nada há mais a pulsar.

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