quinta-feira, 12 de junho de 2008

Releitura

Me chamam
Sorriem e me fazem rir
Elogiam
Cantam ao meu ouvido
e me ninam com carinho
Tentando colher
os cacos do que sobrou do meu peito

Ninguém pergunta o óbvio
à quem já sofre demais
Por um fim trágico
De um sonho azul

Se vai
Como um pássaro fugindo do frio
Me dá angústia
Trucida o ser

Mas as lágrimas não correm
Difícilmete saem
Acumulando as dores
Aumentando as ondas de um mar em ressaca

Sei q passa
Mas o saber encomoda
A quem sabe q sabe
E finge não saber
Para diminuir o peso sobre sí
Distribuindo com quem não sabe
A dor de quem sabe

2 comentários:

Patrícia disse...

Certa vez um sábio disse: "Isso também passa".. Não se preocupe pois o incômodo de saber que passa também passa, mesmo que se passe por várias luas... Espere a vida lhe dar as novas coordenadas ou vé em frente e faça você mesma o seu novo caminho... Força!

Nininha disse...

Um dia comecei a reler meu diário de 2006, encontrei um momento em que eu estava bem mal mesmo. Meus amigos tentaram me animar... essas coisas... Então, de repente surgo o poema na minha cabeça. Escrevo às pressas... rsrsrsrs Por isso o Título!
:D

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...