Do que não gosto.

Chego em casa mais uma vez tarde.
Mamãe assisste TV, papai lê matérias na internet.
Eu passo direto, tomo um banho, um copo d'água
e entro no quarto pra escutar chico.
Eu deito, e a cada música, tento não te ver.
Tento controlar meu pensamento, tento não te sentir;
e quando levanto no meio da noite suando, tento não escrever para ti.
Não é para você que desejo o meu amor, o meu querer, à quem destino meu ser.
Não és para ti o meu sorriso bobo, meu abraço dado, meu olhar doado.
Mas há tempos é para ti que minha mão se põe a trabalhar.
Ela se acostumou.
Minha inspiração ainda está contigo, entranhada, presa.
Ela ainda paira em ti, ao redor, em cada pormenor dos nossos atos.
És por ti que meus dedos se mexem.

Comentários

REAVF disse…
Ousado e sensual..
be disse…
P.S.: eu só quis falar de palavras.

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