Poema que nada diz ou Saudação ao morto.
Se tu já não és barros Manoel, ficou sendo. Para que haja poesia e há.
Só quem não te leu, viu na fabricação de qualquer poema um erro.
É vil te ler certo, eu sei.
O sujeito fica congelado e experimenta a eternidade efêmera
das pedras.
Finca-se madeira velha, cedro e carvalho anciãos.
Mas me interessa é saudar-te e escrever esse verso mal lido.
Incrustado ainda em ti, ele quase não veio: não
queria vir.
Se arrastou tanto o coitado, palmo a palmo de si...
Veia à
veia mudando de plano espiritual.
E só apareceu no fim
e não pareceu dizer nada.
Comentários
Que bom que esse lugar ainda existe...