quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Poema que nada diz ou Saudação ao morto.


Se tu já não és barros Manoel, ficou sendo. Para que haja poesia e há.

Só quem não te leu, viu na fabricação de qualquer poema um erro.

É vil te ler certo, eu sei.

O sujeito fica congelado e experimenta a eternidade efêmera das pedras.

Finca-se madeira velha, cedro e carvalho anciãos.

Mas me interessa é saudar-te e escrever esse verso mal lido. 
Incrustado ainda em ti, ele quase não veio: não queria vir.

Se arrastou tanto o coitado, palmo a palmo de si... 
Veia à veia mudando de plano espiritual.

E só apareceu no fim 
e não pareceu dizer nada.

3 comentários:

REAVF disse...

Sempre há poesia

PATRICIA LIMA BEZERRA disse...

Eu queria crescer para Pedrinho...

Que bom que esse lugar ainda existe...

Pétrig disse...

cresçamos....!!!

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...