Nesse ano que vem
vou mudar de mim.
E p'ra sair de si
melhor que se reencontrar
é ser de novo
um novo ser.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
O erro
Inusitadamente eu fui o ponto fora da curva.
A bobeira, besteiras bebidas no boteco
arrependimento seguinte ao passo em falso
o pífio profano pecado da perdição
Exatamente a esmo o é desse erro
Amparado ainda amasiado amante
Um ultraje, o último e o único uivo
Disto, disso e daquilo que não és
Se sei ou saberei sentir o seu ser
Reitero respondo com respectivo respeito
És também desejo o certo contido acerto
Do erro ser um verbo que busca viver.
Portanto peço pacientemente perdão
Por ser ponto previsto ao acaso vivido
Fora da curva exposta na turva contramão.
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
A internet
Deixou minha poesia muda.
Tu escuta? O barulho dela
rangendo os dentes atrás da porta?
Doida pra sair de mim.
Não creio. Nem em ti e nem nela.
Ela, só vozes voando e as vezes passa em um ouvido.
Tu, não acertas um coração!
Tu escuta? O barulho dela
rangendo os dentes atrás da porta?
Doida pra sair de mim.
Não creio. Nem em ti e nem nela.
Ela, só vozes voando e as vezes passa em um ouvido.
Tu, não acertas um coração!
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Ode as baratas!
O que é o homem? Perguntaram e responderam os filósofos
através dos tempos. Tales, Sócrates, e o "telemeu" ...
mas quem sou eu frente as baratas?
As relutantes e insistentes baratas, as pequenas.
Não me repugno diante delas, ao contrário cismo.
A pensar sozinho a noite, donde vêm e como são.
Inseto são.
São inseto.
São incertos.
E por quê não?
Se entre tantos sims dos homens
Elas são, senão.
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Sai quando bem quer.
Não tenho tido a poesia.
Elas têm me faltado.
Ela tem me calado.
Embora eu queira
que ela me mije
e me fume,
me foda e me force
a sair de mim mesmo.
domingo, 24 de março de 2019
Eus no Mundo
Eu!
Vários Eu..
Preso,
morto
e teso..
Sinto!
Vivo toda vez que brinco de nada sentir.
Sofro!
Assim escolho ao ter que mudar todos os dias de ser.
Minto!
Vivo toda vez que faço certo alguém sorrir.
Vivo!
Nocivo no mundo invasivo dos meus Eus!
Vários Eu..
Preso,
morto
e teso..
Sinto!
Vivo toda vez que brinco de nada sentir.
Sofro!
Assim escolho ao ter que mudar todos os dias de ser.
Minto!
Vivo toda vez que faço certo alguém sorrir.
Nocivo no mundo invasivo dos meus Eus!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Poema que nada diz ou Saudação ao morto.
Se tu já não és barros Manoel, ficou sendo. Para que haja poesia e há.
Só quem não te leu, viu na fabricação de qualquer poema um erro.
É vil te ler certo, eu sei.
O sujeito fica congelado e experimenta a eternidade efêmera
das pedras.
Finca-se madeira velha, cedro e carvalho anciãos.
Mas me interessa é saudar-te e escrever esse verso mal lido.
Incrustado ainda em ti, ele quase não veio: não
queria vir.
Se arrastou tanto o coitado, palmo a palmo de si...
Veia à
veia mudando de plano espiritual.
E só apareceu no fim
e não pareceu dizer nada.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Sincericídio
Seria
suicídio
ser
sincero
ao sermos simples
seres solúveis
sagrados
na solidão
de ser sonho
suspenso
por signos
de sentimentos
alheios.
sábado, 26 de janeiro de 2019
Para quê?
Sei exatamente por que escrevia... talvez seja por isso que
não escrevo mais ou escrevo menos.
Infelizmente não busco mais nada dentro do meu eu, nenhum
conflito senão as obrigações do dia.
Sei que ainda existem as questões amorosas, mas ao longo dos
anos elas foram tão pesadas, esmiuçadas que não tem graça dizer. Os rompantes de paixão se foram sem que eu
sinta saudade.
As aventuras são menos....
e como eu só escrevia sobre o meu umbigo, eu não escrevo mais.
Por que se eu for escrever sobre os outros, eu corro risco
de ser julgado pelo tribunal das mídias digitais. Então, para que eu faria isso? Não há motivo
nem leitor... Hoje todo mundo quer ser visto. Não como são, mas a melhor
representação de si. Por que eu iria mostrar minhas vísceras? Ano passado eu
fiz um samba, um samba triste sobre as dores que sinto e não sinto... chegaram
a cantar, mas isso, ainda que me cause alegria, não me traz contentamento. Porém,
ao longo do tempo, com dores, amores, alegrias, histórias e filosofias eu
cheguei um entendimento sobre mim.
E o interessante é que o que me preocupa são os outros... mas nada que eu possa fazer... talvez eu me surpreenda com isso, pois eu irei fazer se assim puder. Por deus, o amor se transforma, assim como deus é único para cada um. Eu temo pelos meus.
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