domingo, 16 de novembro de 2014
Morena Su..
Não é a morena de Vinicius
nem a dos olhos d'água, de Chico;
é a morena mais dengosa ,
é o meu amor sorrindo.
A morena nos meus braços
ao me aconchegar, fogosa,
leva o meu cheiro no suspiro
depois devolve, manhosa.
Minha morena, tão pequena,
tão grande e intensa no amor,
me leva sempre contigo,
pois eu te levo onde for
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Esperança
Alguém disse que o "pra sempre", sempre acaba. E se por ironia do destino ou por infelicidade dos acontecimentos, quiçá, cada um de nós passar a acreditar nisso ou desacreditar naquilo? Como o mundo ficaria preto e branco, não? A vida é muito mais colorida quando acreditamos. Mesmo quando a vida te dá todos os motivos do mundo para não acreditar mais em nada. Você insiste...em acreditar. Só isso. E, de repente, você está espalhando esperança e sentimentos bons por aí, colorindo tudo, sem perceber... Afinal, muitas pessoas vivem disso: Esperança. Mesmo que infundada. Esperança...a meninazinha de olhos verdes que nunca morre, só adormece...
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Luz, ação!
Há tempo me falta luz, a matéria prima da poesia,
já que a bruta massa sentida,
a ser lapidada e a ser esculpida,
de tão escavada pela palavra, se foi.
Partiu-se sem dar conta da volta...
Nas estações pelo caminho hão de haver motivos e caminhos para voltar,
e quiçá os mesmos desvios cometer!
Mas não, não recordo com saudade do velho inocente, embrutecido carbono que era.
De lá de onde sou, a matéria bruta da rima é a vida, imperfeita condição.
Não há saudade do tempo que passa, menos feliz eu seria.
Só há o novo, contínuo, em que a pretensão doce já não é ser refém das palavras, mas das ações.
já que a bruta massa sentida,
a ser lapidada e a ser esculpida,
de tão escavada pela palavra, se foi.
Partiu-se sem dar conta da volta...
Nas estações pelo caminho hão de haver motivos e caminhos para voltar,
e quiçá os mesmos desvios cometer!
Mas não, não recordo com saudade do velho inocente, embrutecido carbono que era.
De lá de onde sou, a matéria bruta da rima é a vida, imperfeita condição.
Não há saudade do tempo que passa, menos feliz eu seria.
Só há o novo, contínuo, em que a pretensão doce já não é ser refém das palavras, mas das ações.
A noite
Quando
és fria, qual a noite,
Sinto
sombrio qualquer coisa da morte,
Rodeando
em mim, encostando-se a mim, esgueirando-se.
Essa
coisa qualquer, que aos poucos é triste,
sussurra
poucos sonhos e tenta findar qualquer esperança de alegria!
Mas
por capricho divinal, todo desfecho de noite é em si caótico, e por dentro ele se
rasga em clarão.
Toda madrugada fria, termina em luz.
Toda madrugada fria, termina em luz.
E
como é lindo, de dia, vislumbrar um quadro, com o sorriso mágico dos teus olhos.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
A ti.
Condicionados por nossas
recordações...
Parecemos um casal de
Silício:
Abundantes de uma
trama histórica
em que assumimos os riscos vários
e de arriscar-se tanto, e
correr tanto, somos tolos.
A ponto de perder o
sentimento...
do dia a dia. E mesmo diariamente, ao tê-lo
de novo, e melhorado.
Não o aproveitamos tanto, o quão é digno.
É como sentir a poesia
hoje,
e só escreve-la
amanha.
Amadurecida
Mais doce,
de manha
matutina.
Mais N’Minha
segunda-feira, 31 de março de 2014
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
domingo, 23 de março de 2014
A quem ouvir?
A quem pedir conselhos?
Ora, me vejo sempre,
quando preciso,
ouvindo o velho Bel.
Aí quando sonho demais
chega-me uma realidade
fina
e consigo superar as
banalidades da paixão.
Com muita ironia,
diga-se:
já que tudo é poema, apenas cenas, meu amor.
Eu o escuto, levo a sério o cântico
e fico como se
fosse um homem livre
das grades e dos meus
medos,
pois chega-me também a
sinceridade
sobre o que sinto e os
meus defeitos.
Consigo lidar com os
fantasmas do porão,
quando já não faço os meus
caminhos,
eu sei: viver é melhor
que sonhar.
E só sem desejos se
vive o agora.
No fim, só a paixão nos
redime
do amor sem memória.
Cada qual com sua arte,
fazendo sua
parte sem querer ferir
ninguém.
Bem sei dessa agonia de
não sonhar.
Mas tudo muda, e com
toda razão.
Por isso, talvez, sigo
estudando a vida que eu
quero dar
Por fim, eu sei qual é a do perdão, pois
qualquer
sofrimento passa,
porém o ter sofrido não.
sexta-feira, 14 de março de 2014
Fédon
No anseio de um lápis, sobraram teclas, que erro escrever.
Mas delas fiz poesia com cara de ciência positiva,
dezenovista, fria e calculista!
Matemática das letras, somas e traumas. Divisão de emoções.
Nem sempre ao fosso de uma vez me atiro! Mas todo dia, um
pouco, é justo.
Por caminhar apenas, seguir em frente somente. Aguentar
solene e feliz ergue-se.
O homem é espirito perito em guerra, contra si mesmo em
principio.
E alguns poucos, um tanto contra tudo, parecem estender vis
suas dores. E sôfregos vão.
Em vãos oblíquos, caminhos alinhados e portas fechadas.
Buscando a sanidade perdida na caverna.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Você
quando perto
aperta o peito
concreto e massa
sentimento feito
prensa pesado
fica não, faça
com um pouco
de amor, amassa
como um rolo
compressor,
passa
...moléculas, de tesão, estão a dançar...
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Regresso
O teu sorriso...
ah,
o teu sorriso!
Eu tinha me esquecido como era bom
olhar e negar, se preciso, o encantamento;
ficar sem jeito, sem peito de encarar o teu sim ou o teu não.
Não é que eu tenha medo ou algo a perder.
Pelo contrário, só a ganhar, além do teu sorriso,
tua boca, carne e som.
Mas não é sobre isso que se trata o que escrevo,
é por este sentimento, um pouco esquecido,
que me volta em voltas ao teu sorriso e me traz em vida
o que eu pensava não mais
suportar viver.
Obrigado, linda, por trazer de volta a minha paixão.
Assinar:
Postagens (Atom)
Das dunas fiz um porto.
Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e de descanço de um trabalhador da p...