A fila


Havia algo de sonho naquela fila fatídica.
Do dia a dia, do dia qualquer do supermercado, do caixa, do banco, 
toda fila é uma espera qualquer, qualquer fila uma surpresa, demorada, efêmera de se conhecer assim,
sem mais, de supetão, sem travessão – atravesso, não travesso não,
de família, de pressa, de comunhão assim, sei lá, sem saber dizer.
Assim comum, aqui acolá, lá, talvez, trazendo uma incógnita de outrora afinal,
por que sempre pondera o incerto, o que se sabe improvável,
que de alguma forma flerta com o almejo confuso.  

Comentários

Suzan Keila disse…
Isso parece tão real...

"por que sempre pondera o incerto, o que se sabe improvável, que de alguma forma flerta com o almejo confuso."

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