segunda-feira, 25 de junho de 2012

Teu


Sou todo teu:

A pele, o seio substância

O meu corpo, o teu

Nuca, o meio de ser

Crua, tua nua paixão

Amor carne e fé

Sou todo o teu amor

Sua distração de mel

Mete fé e não esquece mais

Sou o teu todo substância

A pele do corpo seio meu

Nua paixão tua crua fé

E carne no amor

Toda distração fiel.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Feita de neve


Quão sincero é teu olhar
quando me fita atravessado
e rancoroso, de ninar e de dar dó?
Quão robusto é teu pesar,
quando me queixas a vida
escancarada,desiludida?

Quanto tempo nos é dado juntos,
esquecido no vai-e-vem calmo
dos teus quadros e quadris,
 um a um, a se postar sobre mim?
Que distúrbios provoquei na tua sina,
a tentar desvairado e louco
sussurrar compreensivo,
canções de amor nos teus ouvidos?
Quantas coisas quis sonhar, na tua alma,
acordado em si mesmo,
no áspero dia-a-dia que passa pesado,
denso e camuflado, quando não estas. 
Dias de esperança e de razão?
Quantos “ais” quis te dizer, e não te disse?

E me calando, fui sorrateiro
compreendendo corpo e faces,
mil disfarces da tua harmonia,
entendendo a graciosa e cálida
forma do teu sorriso. 

domingo, 17 de junho de 2012

Hoje

Eu não consigo fazer o que eu devo, porque realmente não desejo, eu quero um pouco de prazer. Não no exato momento que eu espero, mas na obrigação de ser racional.  Ser bem feito exato mistério nas ilusões que vão me servir;  prazer sem coma, sem dano sincero, sem o eu gritando por mim.
Eu não posso morrer por dez segundos esperando viver um pouco mais. Só por que agora é o tal do momento ideal, eu não preciso ser capaz de matar minhas ilusões. Não sou mais o prazer que sempre quis. Eu já me conheci na minha solidão. E minha solidão espera por ti.

sábado, 2 de junho de 2012

Oração.



Cadê a poesia de todos os dias,
Onde estará? Aonde foi parar
o amor de todos nós, unido,
semi-puro, selvagem,
 natural, intrigante.
Será que passou? Que irá passar?
Quando os dias são estranhos
e os sentimentos confusos
lembrem-se das voltas
que nos trazem a tona
de novo, p’ra rota
de nós mesmos,
do nosso oriundo
profundo,
do que
somos
em essência:
herdeiros dum tempo que
nos é dado;
prisioneiros da fortuna
incerta de um dado
 girando, rodopiando, compondo-nos
meros acúmulos
de  comiserações
e que seguem a diante,
vivos,
erguendo-se firmes e bambos,
todos os dias,
findando nosso particular hedonismo
 na busca espiritual
de sermos humanos.

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...