1ª Carta ao eu.
Sabe quando ternura é raro,
e o comum é o erro:
o desvio superior do ser,
onde a desarmonia reina impiedosa,
e o senão é o total.
É quando o copo está sempre meio vazio,
e a vida segue rumando incomodada...
Espetada em carne viva,
aguda feito linha costurando.
Tecendo coisas do dia-a-dia,
nos bares dos mestres,
nos goles da solidão,
como diria outrora o poeta esquecido,
entre tensões epistemológicas e traição social,
terrenos inexplorados de uma rotina casual,
eternamente cotidiana.
Comentários
Que um copo vazio
Está cheio de ar."