quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Montanha

Teu ciúme me põe nervoso a pino,

Como num cume montanhoso,

em que o gélido vento,

corta a carne e a esperança.

Teu ciúme me põe queixoso a toda,

Gritos, farpas, gelos, vamos.

Todos cheios de enganos

Todos tão cheios de nós.

Teu ciúme porém

De coisas passadas,

e casos antigos,

que nem sequer

arranham-me mais

são ao fim,

um alento sério,

verdadeiro,

e até cabe em minha canção.

Que te fala ao ouvido,

baixinho também,

só pra ti,

Quão envaideço com ele,

sentido ao inverso,

o sabor da tua paixão.

5 comentários:

Keilinha disse...

Forte isso:

"Como num cume montanhoso,

em que o gélido vento,

corta a carne e a esperança."

Já começo a ler você com um sorriso no rosto, porque sei que vou gostar, sei que vem coisa boa e nunca me decepciono...rs =)

REAVF disse...

Sentimento ruim da porra! e ainda pior quando é atemporal!

Pétrig disse...

:-P coisa boa é querer bem, ciume, n tem como escapar disso.

Pétrig disse...

thank's for sweets words

REAVF disse...

"Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa, Abranda as rochas rígidas, torna águaTodo fogo telúrico profundo. E reduz, sem que, entanto a desintegre,À condição de uma planície alegre, A aspereza orográfica do mundo!" Augusto dos Anjos

Das dunas fiz um porto.

Diante de ti tremo e tenho tudo e remo tanto  para não falar que minha rima fraca e cansada de repouso e  de descanço de um trabalhador da p...