Sobre o amor
O amor pesado feito concreto, leve como as palavras banais, é sempre amor e terno quando vivenciado por nós. O amor passado é o amor presente na saudade, o amor presente é o amor de sempre; já o meu futuro amor é aquele que eu tenho menos bem. O amor e o amor quem é que diz o que é? O amor de pai e mãe e de outros iguais. Diga-se lá: o tempero é a paixão... Quando cessa, deixa morno, o amor terno de querer-se bem. O amor por nós e por outro conflita-se em oração:
Me ame mais que a mim mesmo
Faça sentido o meu apego, porque,
quando estou só, não faz sentido solidão.
Deixe fluir né, para que possamos suportar
Deixe vim e deixe passar
e que venha muitas vezes
harmoniosamente
desastrosamente
abalando
Triturando
condensando
emoções e me fazendo mexer,
Tirando-me deste lugar de inércia.
É o amor né.
Sim, é amor que não finda
É o amor banal:
Santa cama e lençóis.
O amor é feito escrita livre que torna-se verso sentido, concreto, forte e fluído.
Se tentarmos podar, há de acabar, há de morrer.
Comentários
Só sei que foi o melhor sofrimento que eu já tive!
;]