Sobre o amor

O amor pesado feito concreto, leve como as palavras banais, é sempre amor e terno quando vivenciado por nós. O amor passado é o amor presente na saudade, o amor presente é o amor de sempre; já o meu futuro amor é aquele que eu tenho menos bem. O amor e o amor quem é que diz o que é? O amor de pai e mãe e de outros iguais. Diga-se lá: o tempero é a paixão... Quando cessa, deixa morno, o amor terno de querer-se bem. O amor por nós e por outro conflita-se em oração:

Me ame mais que a mim mesmo

Faça sentido o meu apego, porque,

quando estou só, não faz sentido solidão.

Deixe fluir né, para que possamos suportar

Deixe vim e deixe passar

e que venha muitas vezes

harmoniosamente

desastrosamente

abalando

Triturando

condensando

emoções e me fazendo mexer,

Tirando-me deste lugar de inércia.

É o amor né.

Sim, é amor que não finda

É o amor banal:

Santa cama e lençóis.

O amor é feito escrita livre que torna-se verso sentido, concreto, forte e fluído.

Se tentarmos podar, há de acabar, há de morrer.


Comentários

Pétrig disse…
...fico tentado a fazer um grande comentário, quando leio essas coisas, mas, não sei poeta... os comentários não estão em moda. o que dizer sobre o amor...?
REAVF disse…
existe um silêncio loquaz por aqui... e sobre amor?

Só sei que foi o melhor sofrimento que eu já tive!

;]

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