segunda-feira, 22 de março de 2010

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes

2 comentários:

Suzan Keila disse...

"Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante."

Sutil e completo...Vinícius! =)

Pétrig disse...

Vinicius... ah tomar uma com vocÊ!

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