Minha esperança está na poesia.
Se todos fossem puros de coração,
a poesia ganharia vida.
Como nos contos infantis.
Bastaria escrever
p’ra acontecer.
Falta amor?
Aí vai ele:
A M O R
Pronto.
Ganhou vida, saltitou por aí...
Não falta mais nada.
Desenharam o bastante.
Só o amor.
O amor faz
um filho
uma feira
uma faculdade
O amor faz
Ler e escrever
Dançar e tocar
Ouvir e falar
O amor faz poesia,
a poesia é amor.
Tudo é amor.
O resto é besteira.
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Abandonei minha poesia.
Poderia tê-la guardado.
Uma caixinha?
Algo de bom 'grado!
Um lugar onde pudesse revê-la.
Nua, como minha'lma.
Não o fiz.
Larguei-a.
Deixei- a na sarjeta
dos meus sentimentos.
Em um lugar qualquer...
Padecia minha poesia.
Longe dos meus olhos,
enrubescendo-me a face.
Ainda é cedo.
E encantadora, és minha poesia.
Não guarda rancor,
nem hipocrisia.
Ainda sinto o teu cheiro,
de onde está bem guardada.
Cheiro de letras tristes e enamoradas.
Aguardo tua volta,
Minha Poesia Encantada.
Poderia tê-la guardado.
Uma caixinha?
Algo de bom 'grado!
Um lugar onde pudesse revê-la.
Nua, como minha'lma.
Não o fiz.
Larguei-a.
Deixei- a na sarjeta
dos meus sentimentos.
Em um lugar qualquer...
Padecia minha poesia.
Longe dos meus olhos,
enrubescendo-me a face.
Ainda é cedo.
E encantadora, és minha poesia.
Não guarda rancor,
nem hipocrisia.
Ainda sinto o teu cheiro,
de onde está bem guardada.
Cheiro de letras tristes e enamoradas.
Aguardo tua volta,
Minha Poesia Encantada.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Só mais um momento...
Só mais um momento
Só mais um momento, senhor:
Tendo visto sua comodidade
Tal atitude de verdade
Não é boa para o senhor.
Só um momento, mais um...
Com tal atitude
Por seu limite, não Desligue...
Contraíste seguro para melhor servi-lo
O senhor não vai querer despediçá-lo
Mais um momento...
Vou passar para o responsável
Tem certeza de tal ato?
Não nos responsabilizamos a partir daqui.
Calma senhor
Espere um pouco
Lave o rosto
Tome um café...
Estamos concluíndo...
Tudo certo.
Nossa empresa agradece
Tenha um bom dia
Lembranças a sua mulher.
Só mais um momento, senhor:
Tendo visto sua comodidade
Tal atitude de verdade
Não é boa para o senhor.
Só um momento, mais um...
Com tal atitude
Por seu limite, não Desligue...
Contraíste seguro para melhor servi-lo
O senhor não vai querer despediçá-lo
Mais um momento...
Vou passar para o responsável
Tem certeza de tal ato?
Não nos responsabilizamos a partir daqui.
Calma senhor
Espere um pouco
Lave o rosto
Tome um café...
Estamos concluíndo...
Tudo certo.
Nossa empresa agradece
Tenha um bom dia
Lembranças a sua mulher.
domingo, 28 de março de 2010
Samba bom.
Se eu sambasse a noite inteira,
e você viesse toda feceira,
sambar junto de mim?
Que alegre seria o samba.
Mas samba bom é samba triste,
calejado, sem morena,
quase uma novena,
de samba e de dor.
e você viesse toda feceira,
sambar junto de mim?
Que alegre seria o samba.
Mas samba bom é samba triste,
calejado, sem morena,
quase uma novena,
de samba e de dor.
o fim de um amor barato.
O encanto desse conto, é que eu o canto sem paixão,
Diferente, desgastante. Só um tonto coração.
Que de um tanto aperreado, se esquece da razão.
O conflito desse estrondo,
é meu peito carcomido,
sorrateiro, esquecido,
decidido a não ser seu.
São meus olhos descobertos,
enfeitados e funestos,
desse amor que padeceu,
entre tanto, e entretanto,
antes ele do que eu.
Diferente, desgastante. Só um tonto coração.
Que de um tanto aperreado, se esquece da razão.
O conflito desse estrondo,
é meu peito carcomido,
sorrateiro, esquecido,
decidido a não ser seu.
São meus olhos descobertos,
enfeitados e funestos,
desse amor que padeceu,
entre tanto, e entretanto,
antes ele do que eu.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Momento Pessoa
Três dias seguidos de calor sem calma, tempestade latente no mal-estar da quietude de tudo, vieram trazer, porque a tempestade se escoasse para outro ponto, um leve fresco morno e grato à superfície lúcida das coisas. Assim às vezes, neste decurso da vida, a alma, que sofreu porque a vida lhe pesou, sente subitamente um alívio, sem que se desse nela o que explicasse.
Concebo que sejamos climas, sobre que pairam ameças de tormenta, noutro ponto realizadas.
A imensidade vazia das coisas, o grande esquecimento que há no céu e na terra...
Concebo que sejamos climas, sobre que pairam ameças de tormenta, noutro ponto realizadas.
A imensidade vazia das coisas, o grande esquecimento que há no céu e na terra...
segunda-feira, 22 de março de 2010
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 19 de março de 2010
Tato
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Será que respondes minha questão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Sabes qual é minha intensão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Será que meus olhos te dirão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Ouve comigo essa canção.
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Podes ir aonde meus pés vão?
Quero me apossar dos teus meios
Realizar meus desejos
Oh! Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos.
Por onde passo minhas mãos
Será que respondes minha questão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Sabes qual é minha intensão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Será que meus olhos te dirão?
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Ouve comigo essa canção.
Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos
Podes ir aonde meus pés vão?
Quero me apossar dos teus meios
Realizar meus desejos
Oh! Macia e alva relva
Por onde passo minhas mãos.
quarta-feira, 17 de março de 2010
A-caso
Depois da boemia
De mim se ausentou a poesia
Não consigo uma rima,
Um compasso,
Uma linha.
Acho que estou ficando sem graça
Sem poesia,
sem compasso,
Sem linha.
Tenho que achar um novo caminho
Para reencontar minha lírica
Reinventar minha linha,
Minha rima,
Meu compasso.
Dessa noite não passo!
Eu luto, procuro e acho
Minha fantasia fora do corpo,
Dentro da alma.
E então percebo
Que acabei o que queria:
a poesia,
a linha,
a rima.
Estou de volta,
Espero que ainda bem-vinda.
De mim se ausentou a poesia
Não consigo uma rima,
Um compasso,
Uma linha.
Acho que estou ficando sem graça
Sem poesia,
sem compasso,
Sem linha.
Tenho que achar um novo caminho
Para reencontar minha lírica
Reinventar minha linha,
Minha rima,
Meu compasso.
Dessa noite não passo!
Eu luto, procuro e acho
Minha fantasia fora do corpo,
Dentro da alma.
E então percebo
Que acabei o que queria:
a poesia,
a linha,
a rima.
Estou de volta,
Espero que ainda bem-vinda.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Te amo.
Ai como dói morrer de amor!
Mas convenhamos, é bom.
De um tanto tão rico,
que preenche feito liquido,
e completa feito luz.
É só amor,
não é deus,
àquele Deus tudo, sabe?
É só amor.
Que feito liquido, se esvai,
e feito luz também.
Mas convenhamos,
é bom.
Teu aconchego certo,
teu olhar cativo,
teu abraço certeiro,
teu ciúme mortal.
É meio dilacerante, cortante digo.
Que fura de um jeito único,
e constante.
Expondo meu coração as traças.
Mas convenhamos, é bom.
De um tanto tão rico,
que preenche feito liquido,
e completa feito luz.
É só amor,
não é deus,
àquele Deus tudo, sabe?
É só amor.
Que feito liquido, se esvai,
e feito luz também.
Mas convenhamos,
é bom.
Teu aconchego certo,
teu olhar cativo,
teu abraço certeiro,
teu ciúme mortal.
É meio dilacerante, cortante digo.
Que fura de um jeito único,
e constante.
Expondo meu coração as traças.
Abstrato retrato.
Vá ali buscar que é teu, perto de ti, no quase lá.
Se encontrar não é assim tão fácil quanto dizem.
Parace até que não é.
Ache-se e então discutiremos, sem conversas mais ou menos.
Nem rima assim tão sutil. Parece forçado, entrado em ti.
No caso presente,
o entorno da volta que dá pra eu dizer algo, acaba repetindo-se.
Dúbio, eu esperava que fosse melhor.
Mas sim, estamos a conversar.
Te tem encontrado então. É posto.
Perde-se aqui o navio das fronteiras.
A conversa pode ser quem sabe encerrada.
Mas no fundo,
aliás no fim, falta força pra fazer o que é fato.
Eu e você estamos num só hum, agora.
Se encontrar não é assim tão fácil quanto dizem.
Parace até que não é.
Ache-se e então discutiremos, sem conversas mais ou menos.
Nem rima assim tão sutil. Parece forçado, entrado em ti.
No caso presente,
o entorno da volta que dá pra eu dizer algo, acaba repetindo-se.
Dúbio, eu esperava que fosse melhor.
Mas sim, estamos a conversar.
Te tem encontrado então. É posto.
Perde-se aqui o navio das fronteiras.
A conversa pode ser quem sabe encerrada.
Mas no fundo,
aliás no fim, falta força pra fazer o que é fato.
Eu e você estamos num só hum, agora.
É
Era outro Eu talvez, era sim, naquele sim: podia tudo.
Enquanto ria, parecia até que trabalhava, sem rum-o.
Esquecia ali, o 'como' do outro mim.
Envelhecia, rápido, e resto.
Enquanto ria, parecia até que trabalhava, sem rum-o.
Esquecia ali, o 'como' do outro mim.
Envelhecia, rápido, e resto.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Tipos.
1.
Há tipos. - insistem em classificar.
Digo eu (e Noel) que há um tipo zero, "o tipo que não tem tipo". Aquele camaleão. Aquele que suspira, geme e transpira com todas.
Aquele que derrama poesia nos quatro cantos
- e no canto do meu quarto -
O que conhece vários tipos
que prende a respiração
e derrama paixão - a conta gotas.
Sabe ser vilão e herói ,
matando e salvando...
E morrendo.
- kamikaze do amor -
Morre de tanto amor
ama para não morrer.
Digo eu: é um tipo sem classificação.
E de tanto pingar sangue por amar
seu sonho é uma transfusão de vida,
- sua única salvação.
[À espera de doadoras]
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Das dunas fiz um porto.
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